quinta-feira, abril 30, 2015

Robert C. Koons: Ciência e Teísmo: Concórdia, não conflito.


THE RATIONALITY OF THEISM 

4o. CAPÍTULO: SCIENCE AND THEISM:  Concord, not conflict 

por  Robert C. Koons


É bem comum, ouvirmos que ter crença em entidades sobrenaturais como Deus e a alma é incompatível com o ponto de vista moderno e científico.  Este artigo vai examinar o relacionamento entre religião e ciência na história ocidental, se as conexões entre elas são meramente acidentais ou essenciais.

O que é ciência?

O teísta é aquele que acredita que há um ser pssoal que tem poder ilimitado e inteligência ilimitada, que é fundamentalmente bom e confiável e que é responsável pela criação do resto da realidade. 

Etimologicamente a palavra ciência vem da palavra latina para conhecimento, se a ciência simplesmente significa conhecimento, Há quatro definições para ciência:

1. Ciência refere-se para a explosão exponencial no conhecimento de todas as coisas experimentado na Europa e partes conectadas do mundo pelas últimas centenas de anos, necessitando de uma re-avaliação de todas as crenças prioritárias.

2.  Ciência é uma instituição social que tem desenvolvido na Europa e partes conexas do mundo pelas últimas centenas de anos, consistindo um novo sacerdóco, um magistério do fato, suplantando - ou, ao menos, limitando- o papel de magistério da igreja.

3. Ciência representa uma nova radicalmente e vastamente superior maneira de conhecer, trazendo o método científico que foi descoberto e inventado na Europa durante o sec XVII.

4. Ciência é a história do inexorável avanço da filosofia materialista contra todos os rivais, incluindo teísmo. 

O autor não vai levar em conta as novas descobertas científicas, mas ele acredita que as novas descobertas nunca deixaram o teísmo tão claro e forte com agora.


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O crescimento institucional da ciência tem um grande potencial para o bem e para o mal. A vasta superestrutura da ciência tem permitido um avanço acelerado do aprendizado, mas também carrega um perigo de um totalitarismo intelectual. O sacerdócio da ciência como único magistério de fato.

Os filósofos tem em que adotar uma relação crítica em relação aos pronunciamentos da ciência em questões chave da existência humana, incluindo a existência de Deus. Por vezes, eles têm adotado uma atitude sicofântica, agindo como torcedores para  ciência oficial ao invés de críticos simpáticos.

O mito positivista da singularidade da ciência.

Em contraste com as definições 1 e 2, As definições 3 e 4 estão firmadas não no fato mas na mitologia. A definição 3 pressupõe que a ciência é única, uma nova forma de conhecer, codificada como método científico. Este mito da singularidade têm 3 teses positivistas centrais:

Tese 1: o método científico foi uma criação de um pequeno grupo de pesquisadores do seculo XVII, que romperam com o passado escolástico aristotelico e começaram, pela primeira vez, a interagir com o mundo de uma forma distintivamente científica.

Tese 2: O método científico, eles descobriram que é objetivo, singular, transcultural, consistindo de um método impessoal.

Tese 3: A credibilidade deste método científico como um revelador da verdade tem sido abundantemente validado pelo sucesso pragmático e poderes técnicos nele incorporados.

Todas estas teses tem sido decisivamente refutadas pelos intelectuais contemporâneos. Pierre Maurice Marie Duhem, historiador da ciência, descobriu  precursores medievais e renascentistas para a nova física do século XVII, especialmente no desenvolvimento da teoria e outra alternativas para a noção aristotélica de natureza como em Jordanus de Nemore, Jean Buridan, Oresme e Da Vinci. O trabalho de Duhem fala em continuidade e não em descontinuidade, num refinamento da teoria.  Os historiadores e filósofos da ciência também descobriram que o método científico não é um mecanismo atemporal ou impessoal, mas, que fatores pessoais, tais como julgamento estético, perspectiva cultural e a própria história da ciência tem papéis importantes.

A ciência não é novo modo radical de conhecer descoberto num passado recente.  Como W. V. O. Quine observou que a diferença entre a ciência e o senso comum é uma questão de grau, não de tipo.
Bas van Fraassen e outros argumentam que o sucesso pragmático sozinho não é garantidor da verdade das conjecturas científicas, o fruto técnico da pesquisa científica pode ser explicado em ver a ciência como uma busca efetiva por um fruto técnico e não pela verdade. Diferente dos anti-realistas, acredito que a ciência, em sua maioria, prove para nós conhecimento do mundo real. Contudo, este conhecimento está ligado a todos os outros, através do uso normal de nossas faculdades naturais de observação e razão. Os defensores da teoria científica devem organizar evidência e argumentos para suas reivindicações num fórum público: eles não devem esperar uma deferência de uma mente sem críticas.  Quando somos simplesmente intimidados pelo poderio técnico da cultura científica, ficamos supersticiosos.

Não há tal coisa como um método científico. Existe é um conjunto de regras e avisos tirados do senso comum e tradição e, por outro lado, um conjunto específico de métodos e aproximações para definir programas específicos de pesquisa na ciência.

Como Etienne Gilson argumenta em Realismo Metódico, que cada domínio de fatos pede por seus próprios conjuntos de métodos de investigação. Assim como é inapropriado para os aristotélicos medievais aplicar métodos biológicos para a física, é também inepto para as ciências sociais e biológicos podem ser distorcidos "veneno físico".


Muito da filosofia da ciência na metade do século XX foi tomada numa tentativa quixotesca de encontrar uma linha de demarcação entre ciência e metafisica/senso comum. Cada tentativa dessa encontrou condições necessárias e suficientes para ser encarada como uma investigação científica ou uma teoria científica terminou em fracasso. Os candidatos de sempre- verificabilidade, falseabilidade, testabilidade, repetibilidade - se tornaram nas melhores regras, guias úteis para mente mas longe de caracterizar  todas as ideias científicas.

O critério da falseabilidade foi tomado como uma sine qua non da teoria genuinamente científica. Há, pelo menos, três razões porque isto não pode servir como um delimitador da ciência genuína. Primeiro, é claro da história dos cientistas que praticam boa ciência, que eles não lançam fora uma teoria diante do primeiro problema, mesmo quando há previsões falsas nela. É claro, mesmo em retrospectiva, que a adesão rígida ao dogma falsificacionista  teria impedido o processo científico através de uma rejeição prematura das teorias que pareciam estar em conflito com os resultados experimentais. Por exemplo, a órbita desviante de Urano parecia contradizer as predições de Newton, até que o planeta Netuno foi descoberto e a teoria newtoniana foi vindicada.

Segundo, como Duhem e Quine ambos demonstraram, nenhuma teoria é simplesmente falsificada pelo resultado. Ao invés disso, cada teoria é testada em conjunção com um auxílio de hipóteses auxiliares, a falsidade de qualquer um pode ser responsável por resultado negativo. Num certo sentido, não são as hipóteses individuais mas todo o corpo da teoria científica que está sendo testada em cada observação e mensuração. A tarefa de encontrar a parte responsável quando um resultado negativo é encontrado pode nunca ser reduzida a uma receita mecanicista. Finalmente, já que nenhum resultado empirico é totalmente conclusivo, isto também impossibilita a falsificação de algo absolutamente, já que a falsificação absoluta deve ser baseada numa fundação conclusiva absoluta.

Isto nãoé negar que há um valor real para os brometos de Popper. Nós somos realmente tentados a segurar ideias familiares e queridas, para ficarmos em lugares seguros.


A insistência acrítica na falseabilidade que favorece o quantitativo sobre o qualitativo, o atomismo e analítico acima do holístico e sintético, a causa eficiente sobre a causa final.  Isto pode levar a um desdém da metafísica. Se a ciência realmente é um modo distinto do conhecimento, há o dever intelectual de baseiar todas as crenças na ciência somente. Contudo, já que a ciência não pode ser demarcada do resto do conhecimento, nossos modos ordinários para garantia das crenças não podem estar sob suspeita e deve permanecer inocente até que prove a culpa.

O MITO MATERIALISTA  DA UNIDADE DA CIÊNCIA.

A definição 4 assume que a história da ciência desde de Tales e Demócrito até o nosso passado recente foi uma sucessão na elaboração de uma teoria materialista e reducionista do mundo. Resistência a este programa de explicar tudo em termos de força física  e micropartículas tem sido fútil. O teísmo é o último oponente, os teólogos tem sido forçados a recuar dando território à ciência materialista e reducionista, deixando Deus cada vez para ser uma hipótese extravagante que ninguém precisa.

A história da ciência não tem sido só de vitória do materialismo sobre seus rivais. A história real é mais complicada. Se olharmos a questão da unidade da ciência, ela tem sido negada, não há como derivar as ciências especiais como a biologia e psicologia da física.  Informação e entidades não-físicas tem um grande papel na biologia, psicologia e linguística. Mesmo os materialistas tem abandonado as reivindicações de que as propriedades mentais  e eventos podem ser reduzidos a fisiologia e física. Mesmo as estratégias reducionistas em relação a filosofia da mente não respeitam o tipo de unidade da ciência visgiualizado por Putnam e Oppenheim em 1958,

Quando olhamos para a história da ciência, vemos que a tendência materialista é uma das quatro linhas maiores: 1. o realismo matemát.ico platonico-pitagórico, 2. teleo-mecanismo aristotelico 3. especulação hermética neo-platônica sobre poderes ocultos e princípios vitais e 3. materialismo nas versões de Demócrito -atomista- e Empedocles - não-atomista-.  Para o autor, a tendência predominante na história foi o realismo platônico-pitagórico.  Foi o platonismo cristão que influenciou Roger Bacon como Galileu, Copérnico, Kepler e Newton.

Diferente do demiurgo platônico, o Deus cristão criou  a matéria em si mesma e poderia import uma ordem perfeita e exata a ela. Na medicina, o progresso de Andreas Vesalius and William Harvey era um projeto de continuar a construir sob as fundações que Aristoteles deixou.

Mesmo na física, a tradição teleológica permanece nos princípios de Leibniz e no último princípio de refração de Fermat.  Toda a óptica e mecânica de Newton pode ser derivada de  Willliam Rowen. A termodinâmica moderna tem seu princípio advindo da idéia de Aristoteles de um lugar natural.

O Neo-platonismo hermético e mesmo mágico tem um papel no surgimento da química e da física do eletromagnetismo. A postulação de Newton sobre uma força universal de atração também saiu dessas raízes.

De fato, o materialismo não é um fator significativo para o pensamento ocidental até o movimento materialista em 1840. Este movimento inspirado por fatores políticos.

Mesmo a mecânica quântica mostra marcas de uma herança platônica:  a primazia de um formalismo matemático exato e a rejeição da necessidade para uma explanação mecanicista. Este último aspecto é mais evidente em abraçar da teoria causal não-localizada. A distância entre o atomismo clássico grego e o rigor matemático é enorme.  As quatro características principais do materialismo clássico: ausência de realismo matemático, a insistência em termos de interações físicas paradigmáticas, a rejeição de uma explicação teleológica e um compromisso para um pluralismo ontológico, todas estas estão excluídas da teoria quântica. Isto que poderia mostrar o triunfo do materialismo é sua aniquilação.

De fato, a forma de materialismo que tem mais efeito na ciência não é ateísta ou agnóstica, mas um materialismo teísta.  Para Duhem, o começo da revolução científica é 7 de março de 1277, quando Etiene Tempier, bispo de Paris, condenou um conjunto de teses da física de Aristóteles como equivocadamente impondo limites a onipotência de Deus. Duhem chama este ato de um chamado para os cristãos aplicar seus intelectos para o desenvolvimento de uma nova física.

Para o autor deste texto, Boyle e Newton são os maiores símbolos deste materialismo cristão.  Filosoficamente, o materialismo teísta é mais coerente que o ateísta. Os ateístas tem que aceitar fatos brutos como coincidências extraordinárias inexplicáveis em seus princípios. Primeiro, ateístas não tem explanação para a unidade do universo físico. Segundo, o ateísta não explicação para a consistência maravilhosa através do espaço e tempo  do número relativamente pequeno de coisas para observar.

A noção que há um conflito significado entre ciência e religião é produto de propagandistas do começo do século vinte, especialmente, John Wiliam Draper, Andrew Dickson White.

O teísmo provê um complexo e sútil modo de ver o mundo, em contraste as percepções fechadas do materialista. O teísmo ocidental exibiu um tipo de genius em estabelecer uma tensão equilibrada e criativa entre tradições distintas, mantendo as polaridades do atomismo e da teleologia, forças vitais e relações espaciais, razão e empirismo.


A DEPENDÊNCIA DA CIÊNCIA DO TEÍSMO.

Longe de minar a credibilidade do teísmo, o sucesso da ciência nos tempos modernos é uma confirmação da verdade do teísmo. Se a fé na inteligibilidade racional do mundo e a vocação divina dos seres humanos para lidar com isto, a ciência moderna não poderia nunca ser possível ou mesmo hoje  continuar a ser um empreendimento racional que depende de convicções que só podem ser baseadas numa metafísica teísta.


Há sete elementos do teísmo ocidental que são condições necessárias para o engendramento da ciência moderna:

1. A crença na inteligibilidade e exatidão matemática do universo, como o artefato da perfeita Mente, trabalhando com material que foi criado ex nihilo e intimamente conectada com conceito hebraico de Deus como legislador. A ideia de uma lei da natureza foi primeiro explicitamente formulada no quarto século de Basílio de Cesárea, aplicando o modelo bíblico de Deus como doador da lei a figura grega de um cosmos ordenado.

2. A crença na aptidão da mente humana, criada na imagem de Deus para a tarefa da investigação científica ,concebida como uma vocação dada por Deus.

3. A necessidade da observação e do experimento para descobrir como de fato Deus tem exercido sua liberdade soberana e absoluta onipotência em moldar para a criação, uma liberdade incompatível com a completa determinação da vontade divina a partir restrições a priori.

4. A concepção da natureza como livro divino, paralelo a Bíblia. O modelo de dois livros era o tema de Galileu, Kepler, Bacon,etc.

5. O desencantamento do mundo pelo teísmo, livrando de semi-deuses ou animismo. Isto aboliu os intervalos entre céu e a terra, deixando possível a explicação newtoniana de movimento.

6. A visão linear de tempo, começando com a criação ao invés de uma ordem cíclica temporal.

7. A elevação da dignidade da matéria e do trabalho manual, uma consequência da doutrina teológica da encarnação.


Alvin Plantinga mostra que o materialismo científico sem um designer que pensou o homem com aptidão para a verdade,  leva inexoravelmente para uma catástrofe epistemológica.  O materialista não tem uma opção real senão acreditar que a humanidade é somente o produto de um processo darwiniano indireto e não planejado. A seleção natural cuida apenas de comportamento que promove sobrevivência e reprodução: não tem nenhum interesse na verdade como tal. Aqui não há razão para acreditar que uma aptidão para verdade é o único modo, ou mesmo um especialmente como mecanismo, para produzir sobrevivência- um comportamento reforçado. (Por exemplo, seres humanos geralmente acreditam que seus companheiros humanos tem uma dignidade e valor intrínsecos e que valores morais objetivos e há obrigações. No naturalismo, estas crenças devem ser falsas- mesmo se tendo tais crenças ajudariam os humanos a sobreviver melhor). O conhecimento de caminhos causais levam para as nossas crenças presentes falta qualquer propensão intrínseca para promover a verdade nos dá uma razão indefesável para duvidar de todas as libertações de nossas faculdades cognitivas, seja da percepção, memória, raciocínio lógico ou inferência científica. Assim, o materialista científico não pode razoavelmente, no final, alegar saber que os resultados da ciência são de fato verdade.

Se o materialismo for verdade, qualquer crença formada científicamente sobre física fundamental para ser conhecido ou mesmo ser verdade. O materialista deve adotar um  relato causal ou informação-teorético de sentido das proposições da teoria científica, e um relato similar da natureza do conhecimento. Estes relatos requerem um conexão justa entre semântica e epistemologia: isto é impossível para as nossas teorias tem informação sobre o mundo a menos que nossas inferências para as teorias são amplamente confiáveis. Desde que simplicidade, simetria e outras qualidades quase estéticas da teoria desempenham um papel indispensável na prática teórica, nossas inferências para a teoria científica não pode ser confiáveis a menos que há uma explanação causal para a conexão entre simplicidade e verdade. Contudo, nenhum relato materialista com tal conexão causal é possível, já que qualquer explanação causal de uma ligação entre simplicidade e verdade teria de envolver referência a um fator que cause as leis fundamentais do mundo sendo simples, e qualquer causa da lei fundamental da matéria deve em si mesmo ser imaterial. Já que, o materialista não pode consistentemente acreditar seja que a ciência prove com conhecimento ou que as teorias científicas são realmente sobre o mundo.

O argumento depende crucialmente do ponto anterior- que julgamentos estéticos sobre simplicidade e elegância provisionam um painel através do qual as teorias devem passar antes que nós a levamos a sério.  Contudo, o argumento não dependem em supor que os padrões relevantes de  julgamento estético são inatos ou a priori. O materialista está em problema mesmo se o universo atua por acaso, ineficiente em uma máquina de ensinar de longo prazo efetiva. Isto é crucial para que estes critérios estéticos nos guiem de forma confiável em direção a novas descobertas sobre as leis fundamentais, o fato que as leis não descobertas compartilhem características estéticas ensináveis com aquelas que já sabemos não pode ser uma coincidência bruta.

A real confiabilidade, em oposição a pura sorte, requer um mecanismo causal que faz do mecanismo confiável. Neste caso, tal mecanismo deve ter uma estrutura estética profunda específica impressa que pode ser apreendida suportada por todas as leis fundamentais da natureza. Tal mecanismo não pode em si mesmo ser a causa material, já que estamos suponto que algo é responsável pelas leis fundamentais da matéria, e apenas algo supra-material poderia fazer isto.  Este algo transcendente precisa não ser um deus, mas o fato é que impõe algo que seja reconhecível para essa ordenação racional da forma da beleza claramente sugestiona que há algo pessoal por detrás desde legislador cósmico.

Plantinga argumenta que o materialista não tem uma explicação adequada para como somos constituídos para aprender a verdade, enquanto que meu argumento é que os materialistas não tem uma explicação adequada para como as leis fundamentais da natureza são constituídas para serem apreendidas através da experiência.

O Materialismo tem uma base falsa e suas teorias são tratadas como ficções utilizáveis sem carregar verdade ou falsidade, precisam encontrar um suporte para suas posições em outro lugar. Em contraste, os teístas podem falar que o sucesso da ciência é uma confirmação da sua posição metafísica,


CONCLUSÃO.

Existe um preço para ser pago pelo realismo científico, pela convicção que nossas teorias providenciam modelos do mundo real, modelos que temos razão de acreditar que são aproximadamente corretos. Este preço é admitir que a esfera física não exaure a realidade, mas ela é um artefato de um Deus racional que nos deu aptidão para a tarefa de investigá-lo.

Este artigo argumento que o teísmo deve preencher a investigação científica, levando a tomar a sério, a possibilidade de uma interferência não detectável de agentes sobrenaturais em todas as configurações experimentais.

Tais temores a respeito de um enganador cartesiano, argumenta-se, pode impulsionar o teísta para exatamente o tipo de crise epistemológica que Plantinga reivindica é o destino do materialista.


Contudo, esta preocupação  é  um mero pesadelo. Não há razão para o teísta levar a sério toda possibilidade que Deus poderia estar maliciosamente pregando peças em nós em nossos laboratórios ou estudos de campo. É verdade, contudo, que um teísta deve tomar seriamente a possibilidade de um milagre excepcional, um evento inexplicável em ternos dos poderes finitos e propensões que podemos ter no estudo científico- não promiscuamente, mas apenas quando existir uma boa razão teológica ou filosófica para tanto. Entretanto, abrir a porta para o miraculoso não significa abri-la para o irracionalismo. Não significa adotar uma atitude de credulidade para cada história maravilhosa- este não era o caso para os primeiros cientistas modernos, que eram teístas.  Dada a ordem racional do mundo natural, temos razão para esperar que qualquer milagre também terá uma forma coerente e racional. Eles não serão meros truques, eles serão a exibição do mesmo tipo de economia, elegância e sentido racional que encontramos em outros lugares na criação. Em sua obra Milagres, C.S.Lewis argumenta que os milagres do Novo Testamento tem exatamente este caráter, mas isto é para outro texto.

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