terça-feira, abril 21, 2015

Moreland e Lane Craig: Teorias da Verdade e Pós Modernismo.


Teoria da correspondência da verdade 
a verdade é  uma questão de ma proposição que corresponde a uma realidade
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Visão bíblica da verdade.

A defesa de uma teoria específica  da verdade  não é o intento fundamental da Bíblia. Dois aspectos parecem fundamentais, fidelidade e conformidade com o fato.  As Escrituras pressupõem alguma forma da teoria da correspondência.


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Para Lane Craig, o relativismo ofende  a lei da identidade e a lei do terceiro excluído, ao não aceitar a verdade absoluta.

Ele também confunde condição de verdade com o critério para a verdade.  Sendo que a primeira é uma descrição do que constitui a verdade de uma afirmação. Entendido dessa maneira, uma condição de verdade é ontológica e está associada com aquilo que a própria verdade é.  Segundo, o critério para a verdade, consiste num teste epistemológico para se decidir ou justificar quais afirmações são verdadeiras ou falsas.


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A TEORIA DA CORRESPONDÊNCIA DA VERDADE

A verdade é obtida quando o portador da verdade se coloca numa adequada correlação de correspondência com o criador da verdade. 


portador da verdade, relação de correspondência e criador da verdade.

Portador da verdade: três tipos principais, para o tipo um, temos dois candidatos: sentenças e declarações. No tipo dois, dos estados mentais, temos os pensamentos e as crenças. No tipo três, as proposições tem sido chamadas de portadoras básicas da verdade.


Sentença: um tipo ou símbolo linguístico constituído por uma cadeia de marcas perceptíveis aos sentidos, formadas de acordo com um conjunto culturalmente arbitrário de regras sintáticas. 

Declaração: uma sequência de sons ou de movimentos corporais empregados por um orador para afirmar uma sentença em uma ocasião específica.

Para os autores, não são adequados como portadores da verdade.

O segundo tipo de possíveis portadores de verdade: pensamentos e crenças. Tem sido indentificados como adequados. Contudo, podem ser problemáticos pois representam eventos mentais que podem ser considerados tanto falsos como verdadeiros. 

Proposição: os filósofos aceitam sua existência não  estão de acordo sobre como responder a  pergunta sobre o que elas são, mas há algumas características: 1. não está localizada no espaço e no tempo. 2, não é idêntica às  entidades linguisticas que possam ser usadas para expressá-la, 3. não é perceptível pelos sentidos, 4. é de tal sorte que a mesma proposição pode estar em mais de uma mente ao mesmo tempo, 5. não é necessário que ela seja entendida por qualquer pessoa para que exista e seja o que é, 6. da própria pode ser um objeto de pensamento quando, por exemplo, está se pensando sobre o conteúdo do próprio processo de pensamento, 7. não é entidade física em nenhum sentido.  (PAG 174)

O que faz um criador de verdade, são os fatos ou conjuntos de relações.  As proposições possuem intencionalidade, em relação a um objeto.  A intencionalidade de uma proposição é uma afinidade natural, ou intrínseca direcionalidade  em relação ao seu objeto intencional. Assim, os criadores de verdade produzem portadores de verdade verdadeiros, não no sentido de que os primeiros estabeleceram uma eficiente relação causal com os últimos, causando assim a sua verdade. Em vez disso, o portador de verdade, a proposição, distingue um específico conjunto de relações devido à intencionalidade intrínseca da proposição, e esse conjunto específico produz a proposição verdadeira que no caso de ele verdadeiramente ser representado pela proposição do modo que ele exatamente é.

A relação de correspondência não é uma propriedade monadária de uma proposição, ela é uma relação entre dois pontos, uma proposição e o conjunto de relações, que é o seu objeto intencional. 

Argumento fenomenológico (Husserl)

O argumento fenomenológico se concentra numa descrição e numa apresentação cuidadosa de casos específicos ara ver o que pode ser apreendido sobre a verdade a partir deles. 

Argumento dialético 

Assevera que os que desenvolvem teorias da verdade alternativa, ou que simplesmente rejeitam a teoria da correspondência, de fato a pressupõem em suas próprias asserções, especialmente quando eles apresentam argumentos para as suas visões ou os defendem contra seus detratores. 


Objeções a teoria da correspondência.

1- não é clara e aceita sobre as três entidades que a constituem.

2- tem-se argumentado que ao fazer a distinção entre a verdade e a evidência que alguém considera como uma verdade, ou seja, afirmando que a verdade transcende e não é identica à evidência, a oteria da correspondência nos deixa vulneráveis ao ceticismo porque se a teoria estiver correta, alguém poderia ter touadas as evidências do mundo para uma crença e a crença ainda assim poderia ser falsa.  Duas respostas podem ser ditas, a primeira é o fato prova que o resultado é falso e não a teoria, e a própria questão estabelece que a evidência não é a mesma coisa que a verdade.

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Teoria da Verdade Coerentista

"De acordo com a  teoria da coerência, uma crença é verdadeira se, e somente se, ela coerir bem com todo o conjunto de crenças de uma pessoa, assumindo que o conjunto é em si mesmo fortemente coerente. Desse modo, a verdade ou a  falsidade de uma crença não é uma questão de casamento com o mundo real e externo. Em vez disso, ela é uma função do relacionamento da crença com outras crenças dentro da teia de crenças de uma pessoa. Os defensores são Espinosa, Hegel e Blanshard.

Há a diferença entre a teoria da verdade coerentista e a teoria de justificação coerentista. A última oferece a coerência como um teste para a verdade e é consistente com a teoria da correspondência da verdade. 

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Teoria Pragmática da Verdade

Desenvolvida por Dewey, William James, defendida agora por Putnan e Rorty

a teoria pragmática implica que uma crença P é verdadeira se, e somente se, P funcione ou seja útil possuí-la. 

Os pragmatistas diferem sobre como interpretar funcionar e ser útil, existe uma distinção entre versões de pragmatismo não-epistêmicas e epistêmica.

Pragmatismo não-epistêmico: uma crença é verdadeira no caso de se aceitar que ela é útil, em que útil é traduzido em termos que não fazem referência a valores epistêmicos,

Pragmatismo epistêmico: quando o funcionar e ser são descritos em temos epistêmicos. 

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PÓS-MODERNISMO

A realidade é uma construção social, a linguagem cria a realidade e aquilo que é real para um grupo linguistico e irrela para outro. 

Há uma negação do realismo metafísico: 1. a existência de uma realidade independente da teoria e da linguagem, 2. a noção que existe uma maneira própria do ser do mundo e 3. a noção de que as leis básicas da lógica se aplicam à realidade.

Com isto, há uma rejeição da teoria da correspondência da verdade, pela rejeição do pensamento dicotômico, que divide uma variedade de fenômenos em dois grupos: verdadeiro/falso por exemplo.

"Os pós-modernistas rejeitam a ideia de que existam padrões universais  e transculturais como as leis da lógica  ou os princípios de inferência indutivos para a determinação da verdade ou falsidade de uma crença, de sua racionalidade ou de sua correção. Não existe racionalidade predefinida. Os pós modernistas reijeitam também a ideia de que a racionalidade é objetiva, pois ninguém aborda a vida de maneira totalmente objetiva, sem qualquer viés" PAG 187

Há uma rejeição do fundacionalismo: "Esse desejo que dá impeto intelectual ao fundacionalismo. Esse desejo chamado de ansiedade cartesiana, é a raiz das teorias fundacionalistas de justificação epistêmica. Mas não existe tal certeza, e sua busca é impossível. Além disso, a busca é mal orientada porque as pessoas não precisam de certeza para viver bem. Ás vezes, os cristãos pós-modernistas apóiam tal afirmação, asseverando que a busca pela certeza está em desacordo com o ensinamento bíblico sobre a fé, pecaminosidade de nossa faculdade intelectual e sensorial e a impossibilidade de compreender-se um Deus infinito" pag 188

Os pós-modernistas sustentam uma forma de nominalismo, em vez de usar termos como vermelhidão para representar universais reais, eles consideram que tais temos são simplesmente nomes para grupos de coisas. Também há uma rejeição do essencialismo, o que é essencial não é um reflexo da realidade,mas de uma construção relativa às práticas linguísticas de um grupo.

Teoria da percepção crítica realista:

De acordo com o realismo crítico, quando um sujeito está olhando para um objeto vermelho, o próprio objeto é o objeto direto do estado sensorial.  

Propriedade auto-apresentada
se uma propriedade F é auto-apresentada, então é por meio de F que um pertinente objeto externo é apresentado diretamente a pessoa, e F também se apresenta diretamente à pessoa. Desse modo, F apresenta seu objeto mediatamente, embora diretamente, e a si mesmo diretamente.


a teoria idealista da percepção.

Descartes, por outro lado, as ideias de uma pessoa, no caso, as sensações, se colocam entre o sujeito e o objeto da percepção. Na  teoria idealista, um sujeito perceptivo está preso atrás de suas próprias sensações. não pode sair delas para o mundo externo com objetivo de comparar suas sensações aos outros. 

No pós modernismo, o eu é uma construção da linguagem,não existe um ego unificado e substancial. O eu é um conjunto de regras sociais, a consciência e o eu são sociais e não individuais.


Há também a rejeição do USO REFERENCIAL DA LINGUAGEM

Não há uma referência a qualquer entidade independente, as unidades linguísticas dotupo palavras realmente se referem a outras palavras, ou, mais precisamente, ganham seu uso numa comunidade devido ao seu relacionamento com as outras palavras.

E, finalmente, não existem METANARRATIVAS. apenas existem narrativas locais.


Objeções ao Pós-modernismo.


A primeira tem a ver com a rejeição pós-moderna da racionalidade objetiva com base em que ninguém a alcança devido a todas as pessoas serem tendeciosas de uma maneira ou outra. A falta de objetividade psicológica não implica a falta de objetividade racional.

A segunda fala que o pós-modernista refuta a si mesmo, se eles se baseiam na linguagem e na dicotomia com o modernismo, seria uma auto-refutação. 


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