Em resposta ao Rev. Guilhermino Cunha, Bp. Manoel Ferreira, Pr. Marcelo Crivella et caterva:
O presidente da Igreja Presbiteriana, reverendo Guilhermino Cunha, disse que o encontro de ontem serve para acabar com a boataria que envolve a candidatura Dilma. Foi o segundo nesta fase da campanha presidencial.
Guilhermino Cunha declarou que a candidata prometeu apresentar uma campanha mais propositiva, trazendo alternativas para o país e que ela, em diversos momentos, apresentou um sorriso vitorioso. Durante sua palavra aos representantes evangélicos, reverendo Guilhermino comparou o atual momento da campanha com um avião que, logo após decolar, vê a cabine tomada por ratos. O piloto, então, toma a palavra para acalmar a tripulação e os passageiros, afirmando que voemos alto, pois os ratos não resistem à altitude.
O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) afirmou ontem que a campanha de Dilma perdeu a guerra da comunicação junto ao eleitorado evangélico e que o tempo é curto para reverter esse quadro. Ele disse ter participado, ao longo do feriado de Nossa Senhora Aparecida, de diversos cultos evangélicos no Rio de Janeiro para tentar desmontar a tese de que Dilma é favorável à legalização do aborto. Devo ter falado para 20 mil pessoas, ao todo. O problema é que os boatos estão vindo pela base, não pela cúpula, disse o parlamentar.
Para resolver esse impasse, é preciso uma declaração contundente da candidata, para que não pairem dúvidas sobre suas posições. Se não, vamos derrubar uma calúnia e eles vão apresentar outras, disse o deputado. Para o senador reeleito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), esse é o momento de impedir a mudança de votos dos incrédulos, sendo fundamental que os líderes levem aos fiéis o que foi debatido por Dilma junto aos líderes das igrejas.Valor
fonte: http://osamigosdapresidentedilma.blogspot.com/2010/10/dilma-firma-compromisso-antiaborto.html
Aos eminentes líderes evangélicos que constituem,em suma, o CNPB, estão fazendo de tudo para Dilma trair a si própria, ao partido e ao povo evangélico.
Primeiro, o que é um boato:
nome masculino notícia que corre publicamente, mas não confirmada; rumores; atoarda (Do lat. boátu-, «mugido; grito agudo»
o boato é uma mentira montada em cima de um fragmento de verdade. Enquanto as pessoas acreditam, os boatos não são boatos. É a verdade. Uma verdade provisória com efeitos bem reais.
No caso do aborto, o pensamento de Dilma pode ser tudo menos boato. O boato seria não dizer que ela é favorável.
Há dois vídeos, onde ela afirma pela descriminalização do aborto, então, não se trata nem de mentira e muito menos de fragmentação da verdade.
O PNDH-3 estabelecido pelo presidente Lula, estabelece o aborto como proposta.
O programa de governo de Dilma tem esta afirmação, sobre ele é interessante que vem a mesma lógica do não sabia, não leu, ou seja a tal fragmentação da verdade, em miúdos e sem mugidos, mentira:
Dilma Rousseff disse ter rubricado todas as páginas do programa sem ler. Deveria tê-lo feito. Se o fizesse, constataria, por exemplo, que taxar grandes fortunas não tem nenhum efeito benéfico, está implícito no que Lenin chamou de "esquerdismo, doença infantil do comunismo": não aumenta a receita tributária, atrai a oposição de quem possui bens e só serve para vingança dos radicais contra os ricos. Mas constataria também que ali está o viés estatizante de uma proposta de governo que tem pouca importância para seu guru político, mas tem tudo para selar a aliança da candidata com a esquerda do PT.
Esse é o ponto que pode complicar - e muito - a relação de Dilma Rousseff com seus aliados, caso se torne presidente. Diferentemente de Lula, ela não tem história no PT, muito menos domínio das conflitantes tendências políticas que ali convivem. Lula fez o que quis sem consultar o PT e nas divergências enquadrava a militância. Não será assim com Dilma. Pior ainda quando for ela a enfrentar o fisiologismo do PMDB. Falta-lhe traquejo político para lidar com as demandas por cargos, verbas e favores vindos de Michel Temer, José Sarney, Renan Calheiros, Jader Barbalho, etc
fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100711/not_imp579465,0.php
Consta na resolução do 3o. Congresso do PT, disponível em http://www.pt.org.br/portalpt/documentos/resolucoes-do-3o-congresso-41/pagina-1/:
Por intermédio de parlamentares e outros militantes, o PT prestou efetiva contribuição no processo que fez do Brasil país signatário de todas as convenções, tratados e demais instrumentos internacionais de prevenção, proteção e promoção dos Direitos Humanos. Fomos presença ativa na criação do Plano Nacional de Direitos Humanos e do Plano Nacional de Educação para Direitos Humanos. Nos estados e municípios, encontram-se em curso mobilizações para criar os planos nas respectivas esferas, sempre com a atuação de companheiros do PT.
O fenômeno da institucionalização dos Direitos Humanos também está presente no poder executivo. Além do fortalecimento da Secretaria Especial de Direitos Humanos pelo governo Lula, nos estados e municípios têm sido criados, sobretudo na última década, conselhos, secretarias e coordenações especializadas no enfrentamento dessa questão. Durante o primeiro mandato de Lula, foram realizadas pelo governo federal ou com seu apoio 38 conferências nacionais setorias relacionadas a direitos humanos. Esses eventos envolveram mais de três milhões de pessoas.
Hoje, a plataforma dos Direitos Humanos aglutina uma vasta gama de setores organizados, desde os mais veteranos, que lutam pelo direito à memória e anistia política aos perseguidos pela ditadura militar, até os jovens militantes, que combatem as violações na Internet, passando por todas as chamadas gerações de direitos, que incluem mulheres, negros, índios, comunidade GBLT (gays, bissexuais, lésbicas e transgêneros), trabalhadores rurais, população carcerária, etc. Somados, esses segmentos alcançam parte significativa da população. Os militantes dos movimentos que animam esses segmentos são formadores de opinião, têm grande capacidade multiplicadora e estão presentes em todos os estados.defesa da autodeterminação das mulheres, da discriminalização do aborto e regulamentação do atendimento à todos os casos no serviço público evitando assim a gravidez não desejada e a morte de centenas de mulheres, na sua maioria pobres e negras, em decorrência do aborto clandestino e da falta de responsabilidade do Estado no atendimento adequado às mulheres que assim optarem; (p.82)
Dilma deveria ter ficado naquilo que seu partido defende, li que uma verdade não pode trazer votos, mas uma mentira tira votos, com certeza.
Dilma trai o próprio partido e sua história, a temática do aborto é importante, convém, aos seus defensores defenderem, e não dissimularem a respeito.
Aos líderes evangélicos, resta a vergonha de criar este boato, de que Dilma não é a favor do aborto, resta a eles a mancha de se compactuarem com valores anti-cristãos ou tentarem enganar o povo de Deus com fragmentos de verdade.
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