Continuando a leitura do livro de Quentin Skinner, Hobbes e a liberdade republicana, chegamos ao terceiro capítulo. Em que o autor irá analisar a teoria da liberdade no corpo político a partir dos Elementos da lei natural e política.
Hobbes tinha consciência crítica das três correntes de pensamento sobre as relações entre liberdade, submissão e servidão.
A primeira, era dos monarquistas moderados, que achavam compatível viver como homens livres e submetidos aos governos de reis- a grandeza de seu poder reside na liberdade de seu povo, no fato de ele ser um rei de homens livres, não de escravos- John Elliot-. Outro teórico desta corrente foi Jean Bodin.
A segunda, era uma monarquia que misturasse as três espécies de soberania, baseado em Bodin, Hobbes critica Contarini defensor dessa tese, baseada na cidade de Veneza, o doge preside, o senado vigia o trabalho e autoridade legislativa final pertence a um grande conselho.É o chamado Estado misto, com os três tipos de regime: monarquia, autocracia e democracia.
A terceira corrente dizia que a unica forma de viver livre era num Estado livre, no qual somente as leis imperam, e no qual todos dão seu consentimento ativo às leis que a todos obrigam. Seguindo Aristoteles, a liberdade aqui é para os homens viver como desejarem e viver na escravidão é viver na sujeição à vontade e discrição de outrem.
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